Até 2015 50% dos profissionais das instituições participantes devem ser ‘financial planners’ certificados

A ANBIMA tem vindo a impulsionar a certificação dos profissionais de banca privada, especialmente após o lançamento do Código de Regulação e Melhores Práticas para Actividade de Private Banking no Mercado Doméstico que estabeleceu metas de certificação a atingir - até Dezembro deste ano 30% dos 'private bankers' devem ter o CFP, subindo esta percentagem para 40% até Dezembro de 2014, informou Funds People Portugal.

No fecho de 2012 e, de acordo com informação da Associação, 39,7% dos ‘private bankers’ já possuíam certificação o que correspondia a 438 profissionais, em valor absoluto. Esta percentagem evidenciava um crescimento do número de profissionais com o CFP, nos últimos 36 meses, de 180,8%.

As novas regras de certificação tornam obrigatória a existência de actividade de ‘compliance’ no segmento de ‘private banking’ e incluem a possibilidade de criação de uma área exclusiva de gestão de recursos que responda directamente à direcção da área de banca privada. Além disso, pelo menos um dos responsáveis pela estratégia de investimento da instituição deve possuir as certificações CGA (certificação de gestores da ANBIMA), CFA (Chartered Financial Analyst) ou CFP (Certified Financial Planner).

Também está prevista a necessidade de existência de um director responsável pela aplicação do Código. “Essas mudanças foram pensadas com base no ambiente pós-crise que apontou para uma maior necessidade de valorização dos recursos humanos”, salientou Celso Portásio, vice-presidente da ANBIMA.

“Essas iniciativas contribuirão para a independência da análise e recomendação de investimento. Por um lado, aumentamos a segurança e qualidade da actividade e, por outro, a independência nas recomendações”, comenta Celso Scaramuzza, presidente do Conselho de Regulação de Private Banking.

A certificação de ‘financial planner’ (CFP) é oferecida no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros.